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Rubem Abrāo da Silva

Artist

São Paulo , Brasil

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Nascido em São Paulo no dia 02 de abril de 1983, Rubem Abrāo da Silva mudou-se aos três anos de idade para a cidade de Presidente Prudente, interior do Estado de São Paulo. Passou toda a infância e adolescência em Presidente Prudente, mudando-se em 2002, aos 19 anos, para Bauru, Interior de São Paulo, para cursar a faculdade de Fonoaudiologia na Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP). A escolha do curso de Fonoaudiologia deu-se principalmente pelo fato de Rubem ser gago e acreditar que o estudo da gagueira e dos processos de comunicação poderiam lhe ajudar na melhora de sua fala e também ajudar outras pessoas. Durante a infância e adolescência, Rubem nunca demonstrou qualquer habilidade para o desenho ou para a pintura. Ao contrário, tem como lembranças sua grande dificuldade para desenhar qualquer coisa nos momentos necessários. Em 2005, estudou uma teoria sobre a origem da gagueira que diz sobre uma não sincronia entre os hemisférios cerebrais esquerdo (responsável pela escolha e articulação das palavras) e direito (responsável por aspectos como ritmo, velocidade e entonação) nos momentos de produção de fala. Na mesma época, entrou em contato com o livro "aprendendo a desenhar com o lado direito do cérebro" por meio de sua amiga Beatriz Kunts. Na época, com uma gagueira de grau severo e sem qualquer habilidade para o desenho, Rubem resolveu "aprender a desenhar com o lado direito do cérebro" para tentar estimular o lado direito do cérebro e diminuir sua gagueira. Deu certo! Em 2007, ainda em Bauru, já formado em fonoaudiologia e cursando uma especialização em processos e distúrbios da linguagem infantil, ganhou de uma amiga um "kit de pintura" com tintas óleo, tela, cavalete, pincéis e começou a pintar. Nesta época, a revista Folha de São Paulo lançou a coleção "20 grandes mestres da pintura". Rubem adquiriu os 20 exemplares e estudou Van Gogh, Picasso, Matisse, Cezanne, Gauguin, Kandinsky, Munch, Manet entre outros. Sua produção deste ano é composta com uma série de "cópias" dos grandes mestres e pinturas a óleo com influência direta dos artistas estudados. Em 2008, seguindo sua formação no campo da Saúde, Rubem mudou-se para a cidade de São Carlos para estudar "Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade" na Universidade Federal de São Carlos ( UFSCar). Ao estudar a Politica Nacional de Humanização (PNH) no Ministério da Saúde da época, entrou em contato com o tema "ambiência dos serviços de saúde" e decidiu doar 50 pinturas para a secretaria de saúde de São Carlos para que estas fossem colocadas nas recepções e salas de espera das 15 Unidades Básicas de Saúde ( UBS) do município. Na residência em saúde da família e comunidade, entrou em contato com o uso das artes como praticas de reabilitação em saúde mental e também como forma de promoção de saúde para usuários atendidos em serviços de saúde. A relação entre a produção artística e questões relacionadas ao sofrimento psíquico e a saúde mental aparece de forma explícita na biografia de Vincent van Gogh, uma vez que este artista desenvolveu uma questão de saúde mental, apresentando um sofrimento psíquico intenso, passando por tratamentos e internações psiquiátricas, tendo a possibilidade de produzir sua arte mesmo nestes períodos de tratamento. Em maio e junho de 2009, como parte de sua monografia para conclusão do programa de residência multiprofissional, Rubem realizou uma pesquisa no museu Van Gogh de Amsterdam intitulada "Vincent Van Gogh e o uso das artes nos processos de reabilitação em saúde mental", discutindo a importância do artista e de sua produção artística em paralelo ao desenvolvimento da psiquiatria enquanto especialidade médica no ocidente no final do século IXX e começo do século XX. Em 2010, Rubem muda para a cidade de São Paulo para trabalhar como Fonoaudiólogo em uma equipe interdisciplinar em uma Unidade Básica de Saúde no extremo sul da cidade de São Paulo, na região do Grajau. Essa região é geograficamente situada às margens da represa Billings e com uma produção artística intensa, uma vez que a região é berço de vários artistas importantes no cenário nacional e internacional das artes( Nino, Lelo, Enivo, Jerry, Caua Bertoldo, Luce, Ana, Mauro, Nery, Tim, Those, Harry, Niggaz, Aliados, André Bueno, Tigones, entre tantos outros ). Rubem apaixona-se pelo trabalho, pelas paisagens e pela arte da região e passa a fotografa-lá de forma cotidiana. De 2014 a 2016 cursa Artes Plásticas na Escola Panamericana de Artes, tendo neste período experienciado uma produção artística no contexto acadêmico, realizando pesquisas diversas no vasto campo das artes visuais. Neste período, produziu inúmeros retratos em diferentes suportes, técnicas e tamanhos, destacando-se as pinturas com tinta guache e acrílicos em formato A3 (42 x 29,7 cm). Em 2015, em um processo de desconstrução e reconstrução, passa a recortar seus inúmeros retratos para a criação de novos personagens que habitavam sua mente e passaram a habitar sua produção. Olhos, bocas, narizes, testas, calelos e pescoços antes bem alinhados uns aos outros passam a e xistos em figuras dismórficas .Neste período, a produção digital intensifica-se nos processos de colagens digitais e criações que tem suas fotografias como ponto de partida para a criação de novas obras. Em 2016, como parte de um processo de desapego e desejo de estar nas ruas, inicia o projeto "oferendas artísticas", onde pinturas são oferendadas em locais públicos. As obras oferendadas foram produzidas em anos anteriores e não retornaram para o artista, seguindo seus caminhos. No mês de novembro deste mesmo ano, participa da exposição "Terrorismo e Distorção" ao lado do artista Nave, realizada no Ateliê Daki, na região do Grajau, São Paulo. Na exposição, 20 obras, em sua maioria retratos de diferentes tamanhos, mídias e suportes, produzidos nos dois anos anteriores, deram um panorama da produção do artista. A partir de 2017, aprofunda suas pesquisas no campo da colagem analógica e digital. Com foco nos processos produtivos cotidianos e nas infinitas possibilidades de criação a partir de fragmentos de vida, inicia o projeto de longa duração, denominado "Processos Vitais: Metafísica do Fazer". Nele, fotografia, desenhos, pinturas, recortes de revistas e outros materiais misturam-se em diferentes superfícies para a criação de novas obras em um processo dinâmico e continuo. Atualmente tem uma produção diversificada no campo da pintura, da colagem e dos processos digitais a partir de fotografias realizadas no cotidiano da vida.

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